sábado, 28 de maio de 2016

RUMO A NOVOS HORIZONTES

Claudio Cícero e Alexandre Oliveira
Lagoa Grande 2012

Sinto que está chegando o momento de partir. Após quase seis anos, sendo cinco altamente dedicados ao esporte, o momento da despedida está se aproximando a cada dia. Comecei de maneira discreta e até mesmo com uma certa rejeição dos ouvintes e aos poucos, fui conquistando o meu espaço e mostrando a força e a seriedade do meu trabalho. Aprimorei minhas habilidade no rádio, através de uma oportunidade que me foi confiada em uma das mais tradicionais emissoras da nossa região. Foram três anos de muita convivência, muitas risadas e muito aprendizado. Uma gratidão e boas recordações dos momentos vividos na Rádio Planeta AM. 



Posteriormente já com uma certa bagagem, o desafio foi com a Rádio Liberal FM, onde em meio a muitas dificuldades técnicas e limitações de uma rádio comunitária, mas com uma união rara entre todos os seus colaboradores, aprendi de todas as forma, como se faz rádio.
Mateus Almeida, Matheus Santos,
Alexandre Oliveira, João Batista
Uberlândia/2016

Deixarei a minha marca. A minha voz será ouvida por e muitos anos em lembranças de vários gols narrados. Vários sites e jornais, estamparam matérias de minha autoria. Fui ousado ao criar juntamente com meus grandes parceiros, João Batista, Mateus Almeida, Fábio Amaral e Matheus Santos, um programa em web rádio que está se aproximando de três anos no Ar em um horário totalmente diferente para a região. O site explosaodoradio.com realizou várias coberturas e divulgou o futebol amador durante esses cinco anos dando oportunidade para várias equipes e divulgando a força do nosso esporte regional.  Surpreendemos muitas vezes com coberturas inovadoras.

Após seis anos em Carmo do Paranaíba, cidade que tenho imenso carinho e estima, na minha verdadeira missão profissional, posso dizer que foi bem desempenhada, pois além de dar o resultados esperados pela empresa, contribuí sobretudo com a formação de profissionais. Mas voltando a falar do esporte, não me omiti ou recusei ajudar aos que me solicitaram.

Entrega de faixas do Paranaíba
Sub 17 Campeão da Copa
Carmo/2015


Lamento apenas não ter percebido a mesma valorização ao meu trabalho em nossa cidade, da mesma forma que fui reconhecido fora dela. Divulguei o nosso futebol e o nome de Carmo do Paranaíba com todo entusiasmo e com orgulho como se fosse um verdadeiro filho dessa terra.  A prova disso é que nossos trabalhos são muito mais valorizados nas demais cidades do Alto Paranaíba e várias regiões de Minas e acreditem temos seguidores nos Estados Unidos e no estado de São Paulo, mas sinto que talvez não temos a mesma importância em Carmo do Paranaíba, apesar de ter sempre contado com o respeito de todos e ter recebido uma inesquecível homenagem do Paranaíba Esporte Clube quando da minha centésima narração.


O destino do explosaodoradio, até esse momento, somente Deus saberá dizer. O fato é que mudaremos de local, talvez região. Mas o que levaremos serão grandes momentos vividos, grandes amigos conquistados, vitórias e frustrações. Deixaremos um legado que "o rádio tem ser feito pensando nos ouvintes", e foi pensando assim que por muitas vezes venci os obstáculos, para não deixar os ouvintes e internautas ausentes de informação.






quinta-feira, 28 de abril de 2016

CARMO DO PARANAÍBA, A PROFISSIONALIZAÇÃO E O CRESCIMENTO DA MARCA EXPLOSAODORADIO.

Ao ser transferido de Bom Despacho para Belo Horizonte em janeiro de 2010, parecia que o sonho de ser radialista estava prestes a terminar. Mesmo distante, todos os finais de semana pegava estrada rumo a Bom Despacho pelo simples prazer de narrar uma partida de futebol e estar com os grandes amigos da equipe "A Dona da Bola". Ranchinho, Fabiano Oliveira, Ocimar Bispo, Marquinho do Blog, a eles devo a oportunidade de trabalhar no rádio e a realização de um sonho. Foram grandes trabalhos que juntos realizamos. 
Mas em setembro de 2010 outra transferência, desta vez de Belo Horizonte para Carmo do Paranaíba fez com que eu reduzisse os encontros com essa equipe e ficasse por cinco meses longe do rádio. Até que Cláudio Cícero, um dos melhores comentaristas esportivo que já conheci, me convidou para trabalhar na Radio Planeta AM 710. Comecei com um "frio na barriga" no final de janeiro/11 em uma goleada do Paranaíba E C. 6 X 1 no Nacional da Serra, debaixo de muita chuva. Sem conhecer nenhum dos atletas, papeleta molhada, com enormes textos publicitários e uma cabine tumultuada (quem já transmitiu no João Luiz de Carvalho com chuva, sabe como é). A primeira transmissão em Carmo do Paranaíba acredito ter sido pior do que a primeira da minha carreira. Muitos ouvintes reprovaram. 

O segundo trabalho foi na Lagoa Formosa, Santa Cruz 2 x 4 Bela Vista, foi mais um jogo de muitas dificuldades. Nesse dia conheci o comentarista João Batista, grande parceiro dos meus trabalhos.  No dia seguinte, diante de dois trabalhos muito ruins, agradeci ao Cláudio Cícero a oportunidade  e desisti da carreira. Mas Cláudio Cícero me fez voltar atrás. 

Foram três anos na Rádio Planeta AM, trabalhados com muita dedicação. Aos lado de Fábio Amaral, João Batista e Claudio Cícero realizamos grandes jornadas. Conquistei o registro de Jornalista, associe-me à AMCE - ASSOCIAÇÃO MINEIRA DOS CRONISTAS ESPORTIVOS, e adquiri muita experiência. Durante esse período voltei a alimentar esse blog com notícias locais e em 2012 criei o site explosaodoradio.com . 


Em agosto de 2013, surge um grande projeto, o programa em web rádio, A Bola do Jogo. Um programa ousado e inovador. Fazer um programa pela internet e o que era pior, em um horário totalmente diferente para a região. Sai do tradicional horário das 11:00 às 12:00 para uma segunda feira às 20 horas. Era o crescimento da marca.


Em março de 2014 um novo desafio, deixei a estruturada e consagrada Rádio Planeta AM e fui para Comunitária Liberal FM. Com João Batista e Clênio César, lutamos contra muitas dificuldades técnicas, mas realizamos boas transmissões, levando boa audiência.

Em 2015 acompanhado do parceiro João Batista, surge a equipe "explosaodoradio" em parceria com a radio Liberal FM de Carmo do Paranaíba e a partir dessa parceria somado ao sucesso do site do e do programa "A Bola do Jogo", a marca explosaodoradio passou a estar em evidência levando o nome de Carmo do Paranaíba para várias regiões de Minas Gerais entrando também no estado de São Paulo.

domingo, 9 de novembro de 2014

E SURGE O APELIDO "EXPLOSÃO DO RÁDIO".

Alexandre Oliveira e Ranchinho
Jornada Esportiva
Estádio Pedro Lino da Costa / 2009

Às vésperas da minha estreia como Comentarista Esportivo em um partida de futebol, conheci o Narrador da minha equipe Waldomiro Silva, o "Miro". E ele foi logo perguntando: "Você tem um apelido? Comentarista tem ter um apelido. Vou arrumar um para você". Chegando no estádio Pedro Lino da Costa entramos no ar. E veio a minha primeira participação. Foi aí que o Miro anunciou: "Eu anuncio o comentarista Explosão do Rádio...". E pegou! A partir daí vários amigos ja me chamavam de Explosão do Rádio.


Primeira logomarca - 11/2009

Meu irmão Marcelo criou em novembro de 2009, o blog Explosão do Rádio juntamente com a sua primeira logomarca. O blog, que na época era uma novidade, serviu de incentivo para a criação de um dos blogs esportivos mais acessados de Minas Gerais. ofinodabola10.blogspot.com do competente Marquinho que devido ao sucesso passou a ser conhecido como "Marquinho do Blog". Em julho de 2012 para divulgar as notícias de forma mais organizadas, criamos o site www.explosaodoradio.com. A logomarca ganhou nova forma sendo criada pelo Petterson Coelho, grande colaborador. Meus familiares também colaboram muito com o site. Explosão do Rádio criado de maneira espontânea pelo Miro, vai se tornando uma marca de destaque no futebol amador.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

E FOI ASSIM QUE COMEÇOU A MINHA HISTÓRIA NO RÁDIO.

Quando da minha segunda partida no comando do Ipiranga do Engenho no campeonato municipal de Bom Despacho, um jogo em um domingo pela manhã e debaixo de muita chuva no estádio Chico Marques, o nosso adversário era a Sociedade Esportiva Palmeiras, muito bem comandada pelo amigo treinador, hoje competente repórter Arone Santos. Perdemos o jogo de goleada, 5 x 1 mas esse jogo marcou minha vida, mais do que os vários que vencemos.

Ocimar Bispo, Fabiano Oliveira,
Alexandre e Ranchinho -
Estádio Farião-Divinópolis
Ao conceder várias entrevistas ao repórter Tarcísio Jacó da rádio Difusora Bondespachense AM 1540, o chefe de esportes da equipe concorrente, meu estimado amigo Ranchinho, ouviu as minhas entrevistas e no dia seguinte recebi uma ligação do seu repórter Fabiano Oliveira para participar do programa "O Fino da Bola" da rádio Nova Veredas de Bom Despacho FM 89,3. Não perdi a oportunidade de estar pela primeira vez em uma emissora de rádio e prontamente aceitei o convite. Chegando na emissora foi recebido até pelo seu diretor Padre Mucio e me fez sentir a importância de ser o treinador do Ipiranga do Engenho. Participei do programa como se já tivesse feito várias outras vezes. Ao final recebi uma carta convite para ser integrante da equipe "A Dona da Bola" na função de Comentarista Esportivo. No dia seguinte já participei como membro oficial. Foi uma data marcante não só pela iniciação na imprensa esportiva, mas por uma numeração de data especial, 09/09/09. No dia 13/09/09, sábado, fiz os meus primeiros trabalho externos pela manhã apresentamos o programa de esportes direto da loja Rio Branco Materiais de Construção, onde comecei a ter contato com o público e ver como funcionava uma transmissão externa. A tarde finalmente a estreia como comentarista, em um grande jogo no estádio Pedro Lino da Costa entre Famorine x Associação.
              
                 Ranchinho, Péricles de Souza Jair Bala
                  Ocimar Bispo, Marquinho do Blog e
Alexandre Oliveira
Pompéu/MG - 2010

A carreira de comentarista foi muito curta, cerca de uns quatro jogos ou cinco jogos. Por necessidade da equipe de esportes, tive que aceitar o desafio de narrar uma partida. Foi uma das poucas vezes em minha vida que senti aquele "friozinho" na barriga. Fiz para "quebrar galho" transmitindo em um domingo pela manhã a goleada do Esplanada por 8 x 3 sob o Palmeiras da Garça. O público gostou e eu  também.  Permaneci na função até os dias atuais.


No próximo post, vou contar como surgiu o apelido Explosão do Rádio.


quinta-feira, 19 de junho de 2014

TREINADOR DE FUTEBOL, PROMESSA PARA NUNCA MAIS OCUPAR O CARGO.

Foi muito bom! 
Passar pela experiência de treinador de futebol é algo de deixar qualquer individuo com os nervos a flor da pele mas com uma sensação maravilhosa, principalmente quando as vitórias acontecem.
A primeira experiência surgiu ainda na escola quando por gostar demasiadamente de futebol e não ter habilidade suficiente para tornar-me um jogador, iniciei no campeonato escolar como treinador de futsal. A partir daí foram várias as oportunidades e boas histórias vividas. Em uma delas um empate no último minuto que nos deu a classificação para a fase final. Após sofrer o gol da possível eliminação faltando cerca de 4 minutos para o fim da partida, coloquei na quadra o Carlos, um jogador pouco utilizado na competição. Ele roubou a bola no meio da quadra, partiu para o ataque e logo disparou fazendo um belo gol. O cômico foi que quando ele roubou a bola eu fui correndo na lateral da quadra juntamente com o ele e quando acertou o gol, invadi a quadra em uma comemoração incrível. De pouco valeu a nossa classificação, pois a escola não deu sequência na competição.
Por várias vezes estive atuando no futsal e em uma delas conquistamos o vice campeonato  Municipal de Belo Horizonte de Futsal da Regional Norte. Comandando a equipe do Vila Aeroporto chegamos em segundo lugar na fase de pontos corridos.
Também em meu trabalho criamos um time quase imbatível de futsal que contava até com um atleta, que chegou a jogar no Minas Tênis Clube.
No futebol de campo foram vários jogos amistosos muitas vezes tendo como parceiro o meu velho amigo Tula Lobato dividindo o comando do time. E com ele começamos um trabalho nos juniores do meu "glorioso"  São Bernardo E C que infelizmente não foi continuado. Digo infelizmente porque tínhamos uma proposta diferente de trabalho. Treinamento duas vezes por semana, dividido entre físico e técnico. Mas era um projeto audacioso para um clube amador de Belo Horizonte naquela época.
Novamente em meu trabalho voltamos a montar uma equipe, desta vez de futebol de campo. Fizemos alguns amistosos mas devido a transferências e desligamentos de alguns colegas, o time caiu no esquecimento.
Comandando o Ipiranga em 2009
Morando em Bom Despacho MG, totalmente desligado do futebol amador e quase que do esporte em geral, recebi um convite de um novo amigo, Alexandre Camargo, para assistir aos jogos do Campeonato Municipal. Sua empolgação era tamanha por estar disputando pela primeira vez a competição, que deixei meus compromissos sociais e familiares de lado e juntamente com o meu filho e fiel parceiro Matheus Santos fomos ao estádio Pedro Lino da Costa, ver o Ipiranga do Engenho enfrentar o Famorine. O Ipiranga era tão desorganizado e com condições financeiras tão precárias, comandado por um verdadeiro "Guerreiro", Antônio Ferrugem, pessoa de extrema humildade pelo qual tenho imenso carinho e respeito. Era um faz tudo, Presidente, Treinador, Roupeiro, Massagista, Gandula e podemos dizer até torcida, já que eram poucos os que acompanha o Azulão do Engenho, por pertencer a um distrito que ficar cerca de 25 km de Bom Despacho.
Fiquei comovido com a derrota que presenciei e já no sábado seguinte estava eu sendo contratado pelo presidente Ferrugem em uma negociação que durou quase dois minutos. Negócio fechado, eu seria o treinador do time principal e o presidente dos Aspirantes.  Fui apresentado aos jogadores depois do treino, com o presidente dizendo "Estou trazendo um treinador para acertar nosso time, Eu estava negociando com ele a muito tempo...". Minha primeira missão era nada menos que algumas horas depois, no domingo pela manhã, enfrentar o Cristalino, que havia acabado de conquistar o vice campeonato da Copa Regional TV Alterosa e em seu estádio. Eu não sabia quem era o Cristalino, onde ficava o seu estádio, alias eu não sabia nem quem era o Ipiranga, pois os únicos jogadores que eu conhecia eram o Alexandre Camargo e seu irmão Alírio. 
E começamos com o pé direito, no Aspirante devido ao grande sufoco que o time levou no primeiro tempo tendo levado um gol e o adversário ainda chutado um pênalti para fora, assumi o time no intervalo. Armei um esquema mais compacto e o time aos poucos foi se soltando e tomando confiança. Washington fez o gol de empate cobrando falta em que a bola desviou na barreira e ainda tivemos chances de virar o jogo. Esse resultado já era motivo para comemorar. No time principal, onde a possibilidade de um desastre era iminente, saímos na frente no placar, levamos o empate ainda no primeiro tempo e voltamos a frente no começo do segundo tempo vencendo a partida. Chegamos a ser vice líder da competição atrás somente da Sociedade Esportiva Palmeiras muito bem comandado pelo amigo Arône Santos. 
Infelizmente a falta de comprometimento dos atletas amadores, em nosso jogo decisivo para classificação fiquei desfalcado dos dois melhores jogadores, que foram ao Mineirão assistir um jogo do Brasileirão, me fez tomar duas medidas: Deixar o Ipiranga após a derrota que nos tirou a possibilidade de classificação e prometer que nunca mais ocuparia o cargo de treinador de futebol.
Site do PEC
Como disse inicialmente, foi muito boa a experiência. Fui convidado por clubes de Bom Despacho e posteriormente um do grandioso Paranaíba E C me deixou pensativo. Era no Campeonato Regional de 2013, no lugar do eterno Luiz Alberto, uma das pessoas que mais admirei no futebol amador. O convite feito pelo Presidente e amigo Paulo Goiaba e seu diretor de futebol Daniel. Resisti! Convenci ao Presidente de não fazer alterações naquele momento. 
Um ano depois novamente o convite, desta vindo do amigo Tarlei, para ser seu parceiro na direção do time em pleno mata-mata. Como não sou de "fugir da raia" aceitei o que serviu ainda mais para fortalecer a ideia de não mais ocupar esse cargo. 

terça-feira, 23 de abril de 2013

COMEÇANDO A CONVIVER DIARIAMENTE COM O ESPORTE.

Em 1986 comecei acompanhar definitivamente o futebol. Lembro-me que em 1985 assisti à eliminação do Atlético MG no Campeonato Brasileiro, em uma semi-final em que era quase unanimidade nacional o seu favoritismo. Atlético MG X Coritiba, Bangu x Brasil de Pelotas. E o Coritiba levou o título da temporada. Também em 1985 acompanhei um jogo treino na Vila Olímpica, antigo centro de treinamento do Atlético entre Seleção Brasileira X Atlético (Júniores). No primeiro tempo 6 x 0 para o Brasil. Zico, Sócrates, Cerezo, Éder, Junior, Falcão, Luizinho, Oscar entre outras feras inesquecíveis. No intervalo fomos embora, pois o técnico Telê Santana colocou em campo alguns jogadores que não despertavam tanto interesse. Eram nada mais nada menos que Paulo Vitor, Careca, Branco, Silas, Júlio César, Muller, Alemão, todos tiveram carreira de muito sucesso.
E foi a partir de 1986 que o futebol virou parte do meu dia-a-dia. Foi aí também que despertou em mim uma outra paixão. A Imprensa Esportiva.
Acompanhava pela extinta Rede Manchete de Televisão, o dia-a-dia da Seleção Brasileira que treinava na Toca da Raposa, nos preparativos para Copa do Mundo do México. Passei a assistir e ouvir todos os programas esportivos de Rádio e TV. Rádio Itatiaia passou a fazer parte da minha rotina. Acompanhava diariamente, Manchete Esportiva, Esporte Total, Globo Esporte, Minas Esporte, Campeonatos Mineiro, Paulista e Carioca. Estava por dentro de todos os detalhes e fui virando um arquivo de informações. Por várias vezes ganhei prêmios no programa “Bola Premiada” da Rádio Itatiaia, programa de perguntas e respostas sobre o futebol.
A cada entrevista de treinadores, a cada jogo, acompanhava atentamente as opiniões dos comentaristas. Telê Santana, Jair Pereira, Carlos Alberto Silva e o meu favorito Ênio Andrade, que fazia das suas entrevistas coletivas depois do jogo, uma aula de esquema tático.
Assim fui aprendendo o que significava um 4-3-3, 4-4-2 e por aí a fora. Assistir a um jogo deixou de ser exclusivamente torcer para o time fazer gol e sim analisar movimentos e posicionamento dos atletas dentro de campo, variações e funções táticas. Assim voltei a ter chances no futebol, não como um jogador, mas quem sabe, como treinador.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

MINHA TENTATIVA DE SER UM JOGADOR DE FUTEBOL.




Quando nasci já encontrei na família três irmãs. Como meu pai viajava muito à trabalho, vivi até os 5 anos praticamente sem contato com a bola. Quando mudamos de bairro, conheci alguns garotos e fui para as brincadeiras de rua. Não conhecia os nomes das brincadeiras com bola como: Peladinha, Controle, Golzinho, Tira-Tira. Minha intimidade com bola era nenhuma, gostava muito mais de brincar de carrinho. Aos poucos, para acompanhar os colegas, comecei a gostar das brincadeiras com bola. E fui gostando cada vez mais. Porém a habilidade necessária para se despontar no futebol me faltava. Ganhei um brinquedo que seria o mais usado em toda a minha infância e que até hoje as vezes brinco com os meus os filhos, o "Jogo de Botões". Jogando, muitas vezes com meu cunhado, César "Bocão", fui decorando as escalações dos times, que conhecia através do "Futebol Card", para ir narrando os jogos de mesa. Usando a imaginação de toda criança transformava aquelas jogadas de mesa em minhas jogadas no futebol. Na vida real formávamos times para jogarmos o futebol de rua. Criamos o "Canarinho F C" e nossa concentração era dentro de um banheiro desativado que ficava no quintal da casa do Radamés, um jogador do time. Cada garoto contribuía com 5 centavos, quando tinha, para compra açúcar e um pacote de "Ki-Suco", para felizes comemorarmos depois do jogos. Fazíamos campeonatos onde os troféus eram com base de madeira, taco e cabo de vassoura, e um bonequinho. Joguei também no Eliseu F C, time que levava o nome devido as camisas do uniforme que eram de um candidato ao governo do Estado. Eu estava muito longe dos melhores jogadores mas o primeiro gol do Eliseu foi meu, marcado com muito oportunismo, de barriga.

No futebol de campo tentei ser jogador do São Bernardo E C. Entrei para escolinha para jogar como lateral direito. Comprei até chuteiras mas o futebol mesmo nada. Treinava sozinho no quintal da minha casa e as plantas é quem sofriam com os chutes. Um dia o Carlinhos Açougueiro me levou para jogar no Campo Verde. A atuação foi péssima e eu desisti de ser jogador de futebol de campo. Na Educação Física da escola eu sempre era um dos últimos a ser escolhido no par ou ímpar. Fui vendo a minha chance de ser jogador chegando ao fim. Como já estava "louco" por futebol, decidi que para continuar no mundo da bola, teria que ser de outra forma.

Na tentativa de virar um jogador de futebol tentei ser goleiro, posição que meu pai jogou. Aos sábados as 6 da manhã estávamos realizando o pesado treinamento de goleiro. Eu, Demetrius e os goleiros Cléber (titular do Amador do São Bernardo e que tinha uma grande elasticidade apesar do seu sobre-peso) e o Júlio que treinava muito mas não se firmava em nenhum time. Tomei a dura mas correta decisão que dentro das quatros linhas eu não tinha chances. Como nunca pensei em ser Arbitro ou Bandeirinha, a maneira de continuar no futebol era ser o Treinador do time. E foi exatamente isso que eu fui fazer. 

Pode uma pessoa que não tem o dom de jogar futebol ser um treinador? Como fiz isso, conto no próximo no post.